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Na avaliação da FIESC, notícia de que negociadores fecharam os termos da parceria é positiva por ser uma sinalização política fundamental, mas previsões mais claras dependem da divulgação do que, de fato, foi definido
O anúncio de que, após mais de 20 anos de negociação, Mercosul e União Europeia finalmente chegaram aos termos finais para fechar um acordo de livre comércio nesta sexta-feira (28) deve ser comemorado, avalia o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar. “A demora no avanço das negociações demonstram claramente o quão difícil foi chegar a este momento. E é por isso que ele é tão importante, mesmo que ainda não conheçamos os detalhes do que foi acordado e tenhamos ainda pela frente diversas etapas antes que as tarifas, efetivamente, caiam”, avalia Aguiar. “O mais importante é a sinalização para o desfecho positivo”, completa.
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Conforme comunicado oficial feito pela comissão europeia nesta sexta-feira e confirmado pelo governo brasileiro, chegou-se a um acordo político para um acordo comercial “ambicioso, equilibrado e abrangente, que consolidará uma parceria política e econômica estratégica e criará oportunidades significativas para o crescimento sustentável de ambas as partes, respeitando o ambiente e preservando os interesses dos consumidores e setores econômicos sensíveis”.
E é justamente por isso que a presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, embora sublinhe que se trata de um momento histórico, ainda é cautelosa ao prognosticar quais serão os setores industriais catarinenses mais beneficiados ou em estabelecer prazos para que o anúncio se transforme em resultados práticos, como a efetiva redução das tarifas. “O acordo abre ótimas perspectivas e deve ser celebrado. Mas ainda precisa ser ratificado pelo Parlamento Europeu, num processo que pode levar até dois anos”, diz Maria Teresa. “Além disso, o documento com os termos do que foi acordado ainda não foi divulgado e, por isso, neste momento não podemos dimensionar exatamente os impactos efetivos e os setores mais afetados”, completa.
Entre as questões que ainda não estão claras para o setor empresarial é o que foi definido em aspectos como cotas para exportação de carnes bovina e de aves, setor automotivo e utilização de benefícios fiscais, como o drawback. “Há de se reconhecer que este acordo talvez seja o primeiro que o Mercosul pretende de fato assinar com cláusula de acordo de última geração, que já não privilegia apenas a redução tarifária, e sim aspectos como defesa comercial, aspectos regulatórios, questões trabalhistas e de meio ambiente”, diz Maria Teresa.
Fonte: Assessoria de Imprensa da FIESC
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